O presidente da OAB/SC, Paulo Marcondes Brincas, participou nesta quarta-feira (7) do debate “Liberdade de Imprensa e Liberdade de Expressão”. A discussão faz parte do I Simpósio de Direitos Humanos e Cidadania, iniciativa da OAB Subseção Brusque, por meio das Comissões de Direitos Humanos e Mulher Advogada, em parceria com a APROCORB – Associação dos Profissionais em Comunicação de Brusque e Região. O evento também faz menção aos 40 anos da Subseção.
Os variados pontos de vista acerca do assunto foram mediados por Bruno de Souza. A discussão ficou por conta dos jornalistas Aderbal Filho, Carlos Alberto Ross e Cristóvão Oliveira; além dos advogados: o presidente da OAB/SC, Paulo Marcondes Brincas; o conselheiro estadual Luiz Fernando Ozawa e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados, Marcus Antônio Luiz da Silva.
Na ocasião, o presidente da Seccional lembrou os efeitos da censura na democracia e ressaltou o papel do jornalismo na garantia dos direitos civis. “Duas profissões que tem função essencial no resguardo do Estado Democrático de Direito e acerto constitucional são Jornalismo e o Direito. Quando as luzes da democracia apagam, são essas duas atividades que tomam a linha de frente no resgate à liberdade de expressão e dos direitos da população”, observou.
Paulo Marcondes Brincas apontou a fragilidade das redes sociais no fomento às discussões qualificadas e comentou o momento político do país. “O cenário das redes sociais é balizado por um algoritmo apenas que une pessoas com interesses em comum. Em contrapartida, é na imprensa que nós asseguramos o valor da discussão e do conhecimento”, avaliou o presidente da Seccional.
Ele reafirmou a necessidade da liberdade de imprensa e ponderou que o casos de mau jornalismo não podem embasar o veto a essa liberdade. “Uma das poucas coisas que mantém a nossa democracia em pé é a liberdade de imprensa. Há que se ter um cuidado sim com o que é publicado para que não sejam feridos os direitos das pessoas, no entanto, a ocorrência de situações ruins por parte da imprensa não pode servir como desculpa para o fim da liberdade de sua atuação” finalizou.