O presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi Filho, disse nesta segunda-feira a jornalistas que solicitou à Justiça cópia dos inquéritos que apuram o envolvimento de advogados com o crime organizado. Questionado pela imprensa sobre eventuais punições, Cavallazzi disse que se os indícios forem contundentes, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SC poderá, eventualmente, adotar medidas preventivas.
Uma delas seria a suspensão temporária do registro dos advogados. Entretanto, lembrou que esta seria “uma medida extrema”, tomada apenas após a oitiva dos acusados. Para agilizar o processo, informou que estes depoimentos poderão ser tomados nos próprios locais onde os advogados se encontram presos.
Para o presidente da seccional catarinense da OAB, entretanto, é preciso evitar o açodamento. “A Justiça, para ser eficiente, precisa cumprir trâmites. Os casos ainda estão sendo apurados e seria temerário um julgamento precipitado. Todos os acusados ainda podem vir a ser absolvidos em juízo”, disse. No Tribunal de Ética e Disciplina, um processo leva em média 90 dias para ser concluído e pode levar até à expulsão dos quadros da entidade.
A OAB/SC destacou um grupo de profissionais para acompanhar as ações das autoridades policiais. O grupo é formado pelo Conselheiro Estadual Leonardo Pereima, o membro da Comissão de Prerrogativas, Lincoln Simas Porto, o presidente da Comissão de Assuntos Prisionais, Victor José de Oliveira Luz Fontes, e o Presidente da Comissão de Prerrogativas, Defesa e Assistência ao Advogado, Rycharde Farah.
18/02/2013



