O TRT de Santa Catarina quer a participação massiva dos advogados catarinenses na consulta pública que começou a fazer nesta segunda-feira (6), a respeito do planejamento estratégico da instituição. O convite foi formalizado na última sexta-feira (3) à presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/SC, Maria Lúcia de Liz, que representou a Presidência da Ordem no evento de lançamento do planejamento estratégico do Tribunal.
A ideia é saber o que os advogados e os demais cidadãos consideram como pontos fortes e fracos da instituição, incluindo aí celeridade processual, credibilidade dos julgamentos e atendimento dos servidores, entre outros aspectos. Os resultados serão utilizados para traçar a estratégia da instituição para os próximos seis anos, o que inclui a definição da missão, visão, valores, objetivos estratégicos, metas e as iniciativas para alcançar os objetivos. O formulário fica disponível no site do tribunal até 22 de outubro.
“Queremos elaborar um planejamento que represente as ideias não somente de nossa experiência interna, mas buscando também as críticas e o pensamento da sociedade”, afirma o presidente do TRT/SC, Edson Mendes de Oliveira. “A OAB/SC será parceira do Tribunal nesse projeto”, garantiu Maria Lúcia de Luiz. Além da pesquisa que será respondida pela própria OAB/SC, cada advogado também poderá participar individualmente. Ministério Público do Trabalho e Advocacia-Geral da União também foram convidados a integrar o processo.
De acordo com o relatório Justiça em Números, divulgado na semana passada, em 2013 passaram pelo sistema de Justiça brasileiro nada menos que 95 milhões de processos, com 28 milhões de casos novos. Ao mesmo tempo, foram proferidas 26 milhões de sentenças e baixados 27 milhões de processos.
De acordo com o juiz Alexandre Ramos, gestor estratégico e de metas do TRT/SC, em razão desses números existe uma sensação permanente entre servidores e magistrados do Judiciário que o trabalho deles se resume a “enxugar gelo”. “Isso gera uma angústia, pois apesar de produzirmos muito o resultado fica sempre longe do esperado”, disse Ramos.
A saída, segundo ele, é planejar. De acordo com o juiz, é necessário corrigir o rumo repensando os métodos de trabalho dentro do próprio Judiciário. “Uma coisa é certa: se continuarmos trabalhando do mesmo jeito não vamos alcançar resultados diferentes”, afirma o magistrado, lembrando que em 2013 foram 4 milhões de casos novos somente na Justiça do Trabalho – em Santa Catarina, foram 80 mil processos novos, um recorde histórico.
Assessoria de Comunicação Social - TRT-SC