A Comissão Estadual de Direitos das Pessoas com Deficiência, da OAB/SC, quer que o Poder Público ofereça atendimento domiciliar para pessoas que têm deficiência física e mobilidade altamente reduzida e, por causa disso, não podem utilizar os modais tradicionais para as tarefas do dia a dia. Segundo o vice-presidente da Comissão, Anselmo Alves, o serviço é realizado em São Paulo há quase 20 anos. Implantar em Florianópolis um serviço semelhante ao dos paulistas será o grande desafio da Comissão para 2015.
Alves, 37 anos, é portador de uma doença rara, a Síndrome de Hanhart que o fez nascer sem parte dos braços e das pernas - o que dificulta o acesso a embarque e desembarque em um ônibus convencional. É a mulher dele que, todos os dias, o leva e busca do trabalho, na Casan, onde atua como advogado consultor do setor jurídico. Aprovado em concurso público em 2006 fora da cota prevista para portadores de necessidades especiais, Alves coleciona também outras vitórias que o fizeram superar todo o preconceito sofrido ao longo da vida e no início da carreira na advocacia, como advogado autônomo em São José.
Paratleta por 15 anos, ele é reconhecido em todo o país pela natação: participou de Olimpíadas e foi vice-campeão mundial em um torneio realizado na Alemanha em 2008. Agora, porém, o desafio é outro. E o esporte também. Desde o início do ano, Alves treina vela adaptada para ser aprovado, já no próximo ano, na seletiva para as Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Nesta quarta-feira (3), no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a OAB/SC gravou um pequeno vídeo da história de Anselmo (veja abaixo), contando sua superação pessoal e profissional e os planos da Comissão para o ano que vem.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC