O presidente da OAB/SC, Rafael Horn, participou nesta terça-feira (03) da Semana Acadêmica de Direito da Uniplac. Cumprindo agenda na Serra Catarinense, Horn falou a estudantes da Universidade do Planalto Catarinense ao lado do desembargador Rodrigo Collaço, presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, do advogado Rodrigo Goetten de Almeida, presidente da Subseção de Lages, e do procurador geral de Justiça do MPSC, Fernando Comin.
Em sua explanação, Rafael Horn traçou um paralelo da carreira jurídica e avaliou as mudanças da advocacia no Brasil nos últimos anos. “Estamos falando de gerações. Desde os mais antigos, passando pela geração X - formada por nós aqui nesta mesa, até as gerações Y e Z. Nessa nova configuração da advocacia, o que se verá no futuro não mais será o advogado exclusivamente em seu escritório. Estamos diante de possibilidades como o home office, por exemplo, onde em nosso computador ora estamos peticionando por meio eletrônico, ora trabalhando pelo uso das redes sociais, ora fazendo atendimentos digitais e não mais de maneira presencial. Há uma grande mudança na advocacia e na própria gestão de carreira, que até então era tradicional”, exemplificou.
O presidente da OAB catarinense também lembrou os aspectos legais e a necessidade de atuação da Ordem para acompanhar essas mudanças. “Antes de mais nada temos que atentar para discussões de modernização da legislação e da relação institucional da OAB voltada à atender as novas características da profissão que começa a ingressar no mercado, mas sem deixar de observar as demandas da classe como um todo”, apontou.
Ainda foram mencionados por Horn a Inteligência Artificial, o aumento indiscriminado do número de cursos de Direito no país, a qualidade da formação brasileira e o número de profissionais habilitados. Ao final, o presidente da OAB/SC aconselhou os estudantes a buscarem o equilíbrio entre as gerações. “Junto a essas transformações, será preciso se reposicionar no mercado de trabalho. Temos o total de mais um milhão e 200 mil advogados e advogadas já formados no Brasil. O que funcionou nesses 22 anos de minha carreira poderá não ser o mesmo caminho indicado a vocês. Não será possível alcançar os mesmos resultados porque a realidade é diferente. Porém, vocês possuem novas habilidades que podem agregar a essa consciência, a esse referencial. Saber abordar diversas formas de comunicação, com profissionais ainda atuantes que viveram na era anterior à tecnologia, como é o caso de alguns ministros, inclusive, passando pela geração que presenciou parte das transformações, até a nova parcela de profissionais do futuro”, encerrou.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC